Trinta Anos Depois Esdras Leonor |
![]() |
|
"Parece que foi ontem. Mas só parece. Jornalista que sempre fui, encontrava-me na redação do extinto jornal O DIÁRIO, no finalzinho da Rua Sete de Setembro, na Capital, quando o contínuo me anunciou que um "senhor alto, magro e de óculos", queria falar comigo. Era Pergentino de Vasconcellos, que já conhecia através das suas atividades políticas no norte do Estado. Fora me convidar, recomendado pelos professores Rui Lora e Wilson Pinto Vieira (já falecido), então presidente e membro do Conselho Estadual de Educação, para licenciar na então recém-fundada Faculdade de Direito de Colatina. Eu já acumulava grande experiência no ensino do Segundo Grau, em Minas Gerais e Vitória. Convite aceito, trocamos meia-dúzia de palavras e ele, sempre correndo contra o relógio, despediu-se e se foi. Isto em 1967... Lembro como se fosse hoje: o banquete festivo da inauguração, com uma fila quilométrica de mesas com ilustres convidados ocupando toda parte térrea do Colégio Marista, o dia da aula inaugural (os professores e convidados de Vitória fomos saudados na estação ferroviária com fogos de artifício. Na época o trecho Colatina-Vitória não era asfaltado. Viajar de carro era ter vocação para viver perigosamente...), os primeiros professores - Padre Guido, Nélson Gonçalves, Rui Lora, Wilson Aragão, Audifa Cavalcanti, Ezequiel Ronchi Neto, Jairo de Barros, Jercy da Silva, Arnaldo Santos Souza, Jorge Góes, Hélio Gualberto de Vasconcelos, Luiz Garcia Marques, Paulo Copolillo, Norton de Souza Pimenta, Arione Vasconcellos Ribeiro, Agesandro da Costa Pereira, Antonio Franklin Moreira da Cunha, Sérgio Dizzoto, Waldir Vitral; e os falecidos e saudosos Dirceu Pagani e Hélio Leal (ex-diretores), Deusdeti Tinoco Resende, Homero Mafra, Imain Lacerda, Walter Naumann, Augusto Calmon e Odilon Castello Borges, para citar apenas alguns nomes de períodos mais distantes. A FADIC (hoje Curso de Direito da UNESC) era sinônimo de luta, festa, alegria, confraternização, e muita emoção. Os trotes aos calouros eram um agradável espetáculo. A cidade parava para vê-los e aplaudi-los. Ao mesmo tempo em que fazíamos um novo ciclo profissional, cultural e intelectual para Colatina, que viria transformar e melhorar a vida de milhares de pessoas e famílias. Posso não ser o professor mais velho da Casa, mas sou com certeza o mais antigo. Posso também não ter sido o primeiro professor a ministrar a primeira aula no espaçoso salão nobre do Colégio Marista, onde a União de Educação e Cultura Gildasio Aamado deu os seus primeiros passos, mas estou, sem dúvida, entre os primeiros: Padre Guido, Nelson Gonçalves, Rui Lora, Wilson Aragão e Hélio Gualberto. E se não for muita pretensão, direi que a minha história de professor universitário se confunde com a história da instituição. Temos uma saudável, profícua e sincera cumplicidade. Sei que estas impressões resvalam um pouco para o nostálgico. É de propósito. Pretendo incluir-me neste presente promissor que a família Vasconcellos, ao lado de uma equipe de professores, técnicos, operários, funcionários e alunos, está construindo. Até quando as energias permitirem, estou disposto a encarar novos chamamentos e desafios para os quais for convocado. Como há 30 anos..." |
Antônio Augusto Genelhu Júnior (Ex-aluno, ex-professor, advogado e Juiz do Tribunal Regional Eleitoral - TRE). |
||
![]() |
No brilhante currículo constam também cargos de ex-Procurador do Estado, ex-Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção-ES), e ex-Presidente da Subseção da OAB em Colatina. "A União de Educação e Cultura Gildasio Amado é um marco inconteste do progresso educacional do norte do Espírito Santo. Aliás, foi esse o tema do primeiro vestibular da Faculdade de Direito, em 1967. Hoje é uma realidade. Devo esse tributo a tão importante instituição de ensino. Francamente, não seria o que sou hoje no campo profissional sem essa instituição. Tenho acompanhado ao longo desses 30 anos o brilhantismo dos alunos, que se formam e ocupam cargos de destaque em diversas áreas. A União de Educação e Cultura Gildasio Amado conta com bons professores. É uma das poucas escolas neste país sem aulas vagas. Tudo isso tem que ser objeto de orgulho". | |
![]() |
Izael de Mello Rezende
(Advogado e Professor de Direito Administrativo e Direito Agrário do Curso de Direito ). "A trajetória
vitoriosa da A União de Educação e Cultura Gildasio Amado, nesses 30 anos, foi
sedimentada por muita luta, muitos sacrifícios, desprendimento, seriedade e abnegação.
Às vezes foi vítima de incompreensão de alguns, incapazes de compreenderem o verdadeiro
sentido da vida.Já formou bons e qualificados profissionais que hoje atuam em quase todos
os segmentos da vida capixaba, com destaque. |
|
Importante ressaltar que, nesses trinta anos, sempre foi
lema e padrão de vida da Casa dar aos seus alunos, além de aptidão para a vida
jurídica, consciência dos compromissos éticos que devem pautar na vida profissional. Assim, dentro deste lema e padrão de vida, buscou preparar o advogado-cidadão e cidadão-advogado, por entender que o advogado, como herdeiro de uma tradição humanística que vem dos séculos e que precisa, na atualidade, ser mantida e conservada, não poderá nunca ser um bom profissional, a menos que seja um arauto e um batalhador da cidadania, sempre preocupado com a efetivação dos direitos e com o atingimento da paz social. Sinto-me, nesses trinta anos da trajetória vitoriosa, gratificado e feliz, porque, além de acompanhar, também, participei desta trajetória: primeiro, como um dos alunos, a partir do ano de 1970; depois, como um dos seus professores e um dos seus dirigentes, portanto, testemunha da dedicação, da seriedade e da abnegação daqueles que, pensando somente nos interesses superiores do Espírito Santo e do Brasil, idealizaram a fundação de um estabelecimento de ensino superior que marcasse sua atuação na vida jurídica do País." |